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Benfica 14 Horas (Programas-Noticiarios)

Regresso do Pedro 2009

[postlink]http://jjd-gloriosofotogenico.blogspot.com/2009/03/regresso-do-pedro-2009_05.html[/postlink]Ele é o fósforo que incendeia a Luz!LUÍS PENA VIEGASDe propósito ou não, Quique Flores, que até é particularmente dado a superstições, tem recorrido a uma curiosa forma de agitar os Photobucketadeptos na Luz, seja para que estes puxem pela equipa ou para que troquem os assobios por aplausos: basta-lhe mandar Mantorras aquecer. O efeito é de mola. Mal o angolano surge, quem está no estádio empolga-se, esquece o resultado, passa a ser o 12.º jogador, grita Benfica. Porque Mantorras é Benfica. A ideia do treinador, que, como o próprio assumiu, se deixou cativar pelo número 9, é, claro, jogar com a emoção, apelar à influência que o angolano tem entre as massas, ele que, por acaso, até agora só foi convocado para… jogos em casa.Um dos melhores exemplos deste efeito Mantorras aconteceu durante o jogo frente ao Guimarães, na meia-final da Taça da Liga. A meio da primeira parte, o 0-0 persistia, os adeptos começavam a ficar sem paciência, já se ouviam assobios, e Quique Flores fez levantar Mantorras do banco. Os assobios pararam logo, o ambiente ficou à… inferno da Luz, a empolgação foi de tal ordem que ninguém reparou que, em vez dos três permitidos pelas regras, já estavam quatro jogadores em exercícios. Erro corrigido, um deles regressou ao banco, mas não foi o número 9 - ainda que, depois, com o resultado a compor-se, o avançado angolano nem tenha entrado.Mas, afinal, o que é que Mantoras tem? Do ponto de vista sociológico, esta relação de causa-efeito liga-se à paixão, ao sentimento que, apesar de tudo, ainda existe no futebol, espreitando entre a cor do dinheiro e reafirmando o sentimento, puro, de amor à camisola. Afinal, Mantorras é a alegria do povo. "Já são raras as ligações afectivas e emocionais dos jogadores aos clubes. A maior parte das relações são passageiras, a de Mantorras com o Benfica não. É um exemplo de simbolismo, hoje que o futebol é um negócio, onde valores como os do Mantorras já são raros", explica, a O JOGO, o sociólogo e comentador televisivo João Nuno Coelho.Considerando "inteligente" que Quique Flores recorra a essa relação especial entre Mantorras e os adeptos, João Nuno Coelho, que, ligado ao programa "Liga dos Últimos", sabe bem do que fala, entende que o angolano transporta aquilo em que os adeptos se revêem. "A história de vida dele, com a infelicidade tremenda da lesão, é um aspecto que leva à admiração. Vêem nele a injustiça, mas, também, a perseverança", acrescenta, reiterando, a propósito da estratégia de Quique: "Colocar o Mantorras, seja no campo ou a aquecer, é jogar com a alma! Ele é uma continuação do futebol-paixão, emocional, em detrimento do negócio, do aspecto financeiro.""[Mantorras] é uma situação especial. Foi um jogador importante no Benfica e está numa situação difícil. Tem uma fase de recuperação pela frente, que me parece larga, e depois temos de analisar a situação"Quique Flores 7 de Agosto de 2008O golo [ao Rio Ave] premeia, sobretudo, o esforço de um jogador que começou a temporada em condições muito difíceis e complicadas. Mantorras voltou como tinha partido, a ajudar o Benfica"Quique Flores 31 de Janeiro de 2009Mantorras fez muitos golos na carreira e, quando fizemos a troca, estávamos convencidos de que podia decidir. Estamos muito satisfeitos"Fran Escribá 31 de Janeiro de 2009Em versão jogador-embaixadorEsta época, Mantorras já experimentou mais do que um papel em defesa do Benfica. Atendendo à sua preponderância entre os adeptos, o clube da Luz tem no angolano uma espécie de embaixador, em particular para os PALOP. E Mantorras já participou em actos oficiais: foi ao 38.º aniversário da Casa do Benfica em Newark (Estados Unidos), deslocando-se depois à Guiné-Bissau, para distribuir prendas num orfanato, e a Cabo Verde, aqui acompanhado por Luís Filipe Vieira e Eusébio.Da Catedral não saiu, da Catedral não sairáEntre a alegria de decidir jogos, como fez frente ao Rio Ave (1-0), e a tristeza de olhar para a convocatória sem estar entre os eleitos, Mantorras nunca desanimou. Joga sempre como se fosse a primeira vez. Não resolve sempre, porque, como já avisou, não é Deus, ele que sabe ser um jogador especial, que contribuiu (e muito!) para o último título. Traído por uma sucessão de problemas num joelho que o impediu de se tornar no fenómeno que se vaticinava, o angolano, quase a fazer 27 anos, ficou no Benfica até agora. Um dia, até pode sair, mas é certo que, da Catedral, nunca sairá. Já é um mito.

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Fonte: SLB
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